19 de nov. de 2007

"AS BICICLETAS DE BELLEVILLE" (trailler)

Veja o "trailler" dessa obra prima do cinema francês, uma dica pra você ir correndo na sua locadora e pegar esse filme, diversão garantida!

18 de nov. de 2007

9 de nov. de 2007

O Brasil é mesmo um país de contrastes.Há muitas bicicletas, mas bem poucas ciclovias.




São 60 milhões de bicicleta, isso é o dobro do número de carros. Número que também representa 1 bicicleta para cada 3 brazucas. Esses números que falam estão lá no sitio do Ministério das Cidades do Executivo do Lula.

Pense bem. Os números falam, diria Beremiz, o homem que calculava. Uma bicicleta a cada três pessoas. São bons os números sem dúvida. E deveriam nos ser favoráveis. Mas não são.

Para isso tudo, ou seja, para 60.000.000 de bicicletas há 2.500km. Isso mesmo. É estamos diante de mais um contraste social, ou alguém refutaria o fato é desenvolvido o país em que o transporte diário das pessoas é feito majoritariamente em bicicletas.

Houve, como também em outras áreas, desenvolvimento... mas 600km de ciclovias em 3 anos é muito pouco convenhamos. Como exemplo claro a Holanda com 34.000km de ciclovias e com uma população do tamanho do nosso Estado.

Segundo o MC, houve aumento também nas cidades que adotam ciclovias exclusivas ou as ciclo-faixas. O Rio ganha das demais cidades, inclusive da Capital Ecológica, com 140km. Pouco também para a cidade maravilhosa.

O Ministério das Cidades bem demonstra que nada sabe sobre a realidade do país. Em entrevista a Folha, Renato Boareto disse que o povo brasileiro não tem o hábito de ir ao trabalho de bicicleta. Baléla. Coisa de burguês que não olha para fora do carro, fechado com ar condicionado. É tão mais um burocrata no posto.


Basta uma ida, por exemplo, ao interior de Santa Catarina, ali na região da indústria têxtil e reparar nos bicicletários das fábricas... cheinho!

No nordeste há a forte (ou havia) concorrência do jegue. Justo. O animalzinho é guerreiro.
Mas agora quem manda é a bizz da honda... mas ainda sim certamente o verdadeiro povo brasileiro utiliza (sim) sua magrela para ida ao trabalho... e também a outros lugares, como 'curtas' viagens. Aqui no Paraná há um alto indice de pessoas que usam da velha barra-forte para descer a serra do mar no sabado cedo e retornar no domingo... subindo a serra. Gente simples que trabalha em Curitiba e vai de bicicleta a Paranaguá visitar parentes.

Enfim. Mas há idéias que devem ser implementadas comobicletários (confiáveis, claro) integrados com terminais de ônibus e metrô, por exemplo.

No Mato Grosso, Estado com longas distancias entre as localidades, a evasão escolar foi reduzida sensivelmente com a distribuição de bicicletas. Os alunos, que levavam quase duas horas para ir e duas para voltar da escola passaram a fazer o percurso em 20 ou 30 minutos de bicleta.
Caminhar 4 horas para ir e voltar da escola todos os dias, com chuva inclusive, justificava o alto indice de falta às aulas dos alunos da região... Com a distribuição da magrelas a coisa mudou. Simples assim. E no futuro, essas crianças terão uma linda história para contar afinal de bicicleta é muito mais rápido, gostoso, bacana e divertido!
Solução simples. Sem megalomaníacos. Sem burocratas. E uma sociedade justa e SEM contrastes sociais.

Queremos ciclovias e ciclo-faixas, JÁ!

keep riding your bike.

CLUBEDECICLISMODEMONTANHA
JACUSDEDUASRODAS
ilustração com traços de guilherme caldas, da candyland arts and comics

JACUSDEDUASRODAS_ARTE apresenta: PASSEIO RURAL 2, by M.BURNS

3 de nov. de 2007

*O USO DA BICICLETA E O MEIO AMBIENTE, por EDUARDO SUPLICY

A bicicleta ganha importância no mundo. O ciclismo atravessou fronteiras e continentes. A cada dia tem se mostrado uma das melhores e mais saudáveis alternativas de transporte. É imprescindível que as pessoas se conscientizem disso e respeitem seus adeptos.


Na Cidade-Luz, Paris, a partir do dia 15 de julho, um dia após o aniversário da revolução francesa, mais de 20 mil bicicletas serão disponibilizadas pelo Poder Público em 1.250 locais diferentes, sobretudo nas estações de metrô, para que a população possa se locomover. Mediante o pagamento de uma pequena taxa anual, a pessoa poderá retirar uma bicicleta e pedalar até o lugar onde precisa ir. Em Lyon, um serviço semelhante já funciona há dois anos com muito sucesso.

Na Bélgica, em cidades como Bruxelas e Antuérpia, esse sistema também foi adotado. Em Bruxelas, com o depósito de uma caução, as pessoas utilizam uma bicicleta à vontade. Elas podem pedalar para qualquer ponto da cidade onde haja um estacionamento e, ao devolverem a bicicleta, retiram o dinheiro depositado, portanto o uso deste transporte é gratuito.

Na Alemanha, onde estive recentemente, mais precisamente em Berlim e em Karlsruhe, pude testemunhar o uso crescente de bicicletas. Em Berlim, há um sistema de bicicletas públicas, cuja localização é controlada por satélite. O custo é de oito centavos de euro por minuto, chegando ao máximo de 15 euros por dia. Este custo pode baixar para seis centavos de euro por minuto se a pessoa, ao pegar a bicicleta em qualquer ponto da cidade que escolher, telefonar para a empresa que administra o sistema e informar o número do seu cartão de crédito.

A China, país que sempre chamou a atenção pelo uso da bicicleta, vive hoje a invasão automobilística, fato que tem preocupado as autoridades. Na capital chinesa, mais de 2,4 milhões de pessoas diariamente se locomovem de bicicleta. "Uso bicicleta desde a escola", diz o famoso ambientalista chinês Liang Congjie, "mas nos últimos anos não me sinto seguro nas ruas de Pequim. Tenho de pegar táxi, porque cada vez mais automóveis utilizam os caminhos das bicicletas. Os veículos particulares agora são verdadeiros déspotas do asfalto", afirma.

No Brasil, várias são as cidades onde a bicicleta é usada como um dos grandes meios de locomoção pela população. Campo Bom, no Rio Grande do Sul; Joinville, em Santa Catarina, e tantas outras que vêm servindo de exemplo para o incentivo ao uso da bicicleta. Em São Paulo, cidade de trânsito intenso e terreno acidentado, o prefeito Gilberto Kassab, sancionou, em fevereiro último, uma lei de autoria do vereador Chico Macena (PT), criando o sistema cicloviário do município. Estão previstas inúmeras medidas para facilitar o uso das bicicletas.

O Rio de Janeiro tem hoje muito mais ciclovias do que São Paulo. É muito importante que os responsáveis por São Paulo, Rio de Janeiro e demais municípios brasileiros estudem seriamente a possibilidade de instituir o sistema de bicicletas públicas que em período recente vem tendo grande aceitação nas cidades européias. Inclusive transmiti à ministra do turismo, Marta Suplicy, que seria interessante ela estimular os municípios que recebem muitos turistas e que têm a sua topografia propícia, para implementarem um sistema de bicicletas públicas.

Em Brasília, cidade considerada ideal para o uso de bicicletas, com todas as suas vantagens viárias e topográficas, muitas são as entidades e organizações não-governamentais, como a Rodas da Paz, que vêm se unindo para implementar iniciativas que visem estimular o uso desse meio de transporte. Durante muito tempo, por exemplo, o deputado Fernando Gabeira pedalou entre o hotel onde morava e a CÂMARA dos Deputados. Um de meus funcionários, Luciano Coiro, enquanto morava próximo ao Senado, ia trabalhar de bicicleta.

A ONG Rodas da Paz está divulgando os 10 mandamentos para uma convivência pacífica entre os ciclistas e os que andam de automóvel. Está na lei que a preferência é sempre do menor veículo. É importante que os motoristas, por exemplo, sempre mantenham distância lateral de 1,5m do ciclista, reduzam a velocidade ao ultrapassar o ciclista, dêem preferência ao ciclista, sempre sinalizem e nunca joguem nada no ciclista. Quando se está dirigindo um automóvel, é fundamental sempre acionar o pisca-pisca ao entrar à direita e verificar se porventura não há um ciclista à direita ou à esquerda. Para o ciclista, é muito importante que siga as recomendações de nunca andar na contramão dos automóveis, que use sempre o capacete e os equipamentos de segurança, que pare na faixa de pedestre, que atravesse na faixa como um pedestre e que seja muito prudente.

O transporte por bicicleta fica muito mais barato, com enorme vantagem para certas distâncias, além de fazer bem à saúde e colaborar para que não se polua o meio ambiente. Estimular o uso de bicicletas em cidades brasileiras por meio do sistema de bicicletas públicas, ciclovias e campanhas de esclarecimento sobre o respeito e os cuidados para com os ciclistas constitui medida de muito bom senso.

Eduardo Suplicy

senador e professor de economia


*texto extraído do site "rodas da paz" !



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