28 de fev. de 2010

"TAÇA ECOTRILHA" - 2ª ETAPA METROPOLITANO DE MTB 2010- MORRETES PR - XCM


Morretes recebeu nesse último domingo dia 28 de fevereiro, a 2ª etapa do Campeonato Metropolitano de MTB (TAÇA ECOTRILHA DE MOUNTAIN BIKE), uma prova de MTB no formato XCM, que contou com uma paisagem belíssima da serra do mar, um dos cartões postais da acolhedora cidade. o circuito considerado "moderado", tinha poucas subidas e muitas retas, com direito á uma divertida travessia de rio onde os pilotos tiveram uma ajuda de uma corda para poderem se equilibrar, mas nem por isso deixou de exigir dos mais de 250 atletas que compareceram á disputa. uma excelente prova, e uma das mais belas, sem dúvidas, onde o Atleta da Elite Daniel Dalavalli (Foto abaixo) da Equipe Bike Brothers, mais uma vêz foi o grande campeão geral, se firmando como o grande destaque dessa temporada.

O campeão geral, posando para o jacusdeduasrodas com seu belíssimo troféu


A prova teve a organização de Probikeadventure, e apoio de Prefeitura Municipal de Morretes / ALL Logística / Red Bull e Equipe Eco Trilha.

Durante a semana estaremos postando fotos do evento assim como os resultados, FIQUE LIGADO!
Lembrando sempre aos interessados em divulgar fotos e/ou vídeos das provas, entrem em contato conosco pelo e-mail jacusdeduasrodas@yahoo.com.br que postaremos seu material com os devidos créditos, ajude nos a fazer a história do MTB no Paraná.

RESULTADOS

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FOTOS

ÁLBUM 01 - CLIQUE NA LINK ABAIXO PARA ABRIR O ÁLBUM



FOTOS: TATIANA BEDNARSKI E CELSO RIBAS

EDIÇÃO: CELSO RIBAS

27 de fev. de 2010

A VERDADEIRA HISTÓRIA DO "MOUNTAIN BIKE"

Pesquisa e autoria: Dimitri Vianna





Oficialmente o inventor do Mountain Bike, ou melhor da bicicleta de Montanha, foi o Americano James Finley Scott em 1953, que resolveu modificar a sua bike Schinn para andar em estradas de terra.
Tempos depois, uma turma de hippies comandada por Tom Ritchey e Gary Fisher, resolveram pegar suas bikes pesadonas e descer montanha abaixo em uma fazenda na California.
Mas os verdadeiros criadores do Mountain Bike nunca foram americanos e sim brasileiros, isto mesmo, Brazucas !
Mais uma vez os gringos querem tirar da gente a glória da criação deste, que eu considero o melhor esporte do Mundo.
Assim como os irmaos Wright, que roubaram o título do criador do avião que pertence a Alberto Santos Dumont, também não é considerada e muito menos registrada a verdadeira história da criação do Mountain Bike, uma criação legitimamente brasileira.
Em um sábado chuvoso, eu estava pesquisando num sebo de livros da cidade quando me deparei com um manuscrito, já todo amarelado, sem capa, mas ainda com letras bem legíveis.
Este livro, de autor desconhecido, era na verdade um diário pessoal, datado de 12 de abril de 1951. Um diário escrito por um funcionário de telegráfo, no sertão brasileiro.

Vocês vão ler agora, em primeira mão, alguns trechos deste diário: a verdadeira história do surgimento do Mountain Bike.


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Santa Clara, Abril de 1951.

"Estavam todos reunidos na feira, hoje a tarde, lá em frente a barraca de Mané Cem - aquele magarefi que matou o Boi do Bego. Boi maruas, de umbigueira baixa que pesava para mais de 25 arrobas.
Parados debaixo de um pé de Juá, cavalos e um monte de burro empinador. Todo mundo de prosa, falando da aposta e de quem será o vencedor da aposta de chegar primeiro montado lá do outro lado de Pé de Serra, subindo os Morros dos Coiteiros. O prêmio era o um galo de briga de Chico da Rinha que estava passando o terreiro e, para comemorar, botou um galo da casa na disputa.
Eram pelo menos doze candidatos. Todos já sobre suas celas com chapéu e esporas estrelinha. Do outro lado se via a meninada reunida fazendo a maior zueira, cercados com porcos, carneiros e o resto das verduras do final xepa da feira. Estava o velho Mane Cem se preparando para dar o sinal da partida quando, do nada, apareceu um cabra escuro, parecendo índio Kiriri, corpo parecendo uma tora de Aroeira e cabelo de melaço de Umbu. Só podia ser um índio.
Chegou e foi logo dizendo:
- Quero participar desta apostada. Não tenho burro mas tenho esta moça aqui.
Todo mundo riu quando ele apontou para a bicicleta.
Até então, bicicleta era usada somente para ir a missa no domingo e nada mais. Objeto considerado frágil e de seminarista. Ninguém queria saber de trocar seu bicho de quatro patas um negocio de duas rodas balão.
Mane Cem se aproximou do caboclo e foi falando:
- Se é de rocha mesmo, quero ver subir com este troço o morro sem apiar!
O índio alinhou sua bicicleta com a tropa enquanto Mané foi logo pegar o rojão para dar a largada da peleja:
- Se ouviu um estouro: Pou ! E saiu todo mundo escabriado, picado pela ruas de Santa Clara.
Enquanto a espora comia no centro, dando para ver o sangue descer nas barrigueiras dos animais, o índio caboclo, estava lá trás com sua donzela amargurada, a bichinha de duas rodas.
Foi sair da cidade e pegaram as trilhas que levava ao Pé de Serra, passando nas lagoas do Urubus e só se via poeira. Na beira do rêgo tinha a vala do mata cobra e depois daí começou a subida do Morro.
Na frente ia o burro Pitomba, montado pelo vaqueiro Peroba, um amansador de burro bravo, preto feito rolo de fumo com uma marca no rosto, herança do bicho treiteiro.
Lá de baixo agente via a fileira da tropa subindo a serra.
Foi nessa hora que o Índio apareceu do nada e, socando o pé, pedalando mais forte que dois bois de arrasto, foi ganhando posição.
Já chegando do topo da Serra, o Índio já se encontrava em segundo e na virada para descida, pegou a dianteira.
Enquanto os animais espumavam uma pasta branca, mostrando cansaço, o homem índio parecia encantado e descia a toda prova já do outro lado morro abaixo.
Chegou em primeiro e ainda esperou muito tempo pelo segundo.
Final do dia, de volta para a cidade, teve muita cachaça e farofa de carne e, enquanto todo mundo bebia, o índio caboclo já cortava trecho pra casa abraçado com o seu prêmio: o galo pedres."

Foi neste dia que surgiu um novo esporte mundial: a bicicleta de Montanha, como os gringos falam: o Mountain Bike !

FONTE: "MUNDO DA BIKE"

24 de fev. de 2010

O CHARME DAS ANTIGAS


Reportagem premiada pela Abraciclo
mostra o mundo dos colecionadores

Texto de Marcos Adami – Colaboração de Marcelo Afornali

A matéria a seguir foi publicada na revista Bike Action, edição de novembro de 2006, e conquistou a menção honrosa no Prêmio Abraciclo de Jornalismo no ano de 2007.

Confira na íntegra a reportagem premiada do jornalista Marcos Adami, editor do site Bikemagazine e colaborador da revista Bike Action.

O CHARME DAS ANTIGAS

Wanderer 1929A primeira versão da bicicleta com pedais, muito parecida com as atuais, foi inventada na França em 1860 por Pierre Michaux, que, em 1865, montou a primeira fábrica de bicicletas do mundo, a Biciclos Michaux. A invenção impulsionou a indústria da bicicleta pela sua eficácia e versatilidade e encantou os ricos da época.

No Brasil, as primeiras bicicletas chegaram entre 1850 e 1870 na capital do Império, Rio de Janeiro. Imigrantes de origem alemã, italiana e suíça, que começaram a chegar no Sul do Brasil a partir de 1850, também podem ter trazido na bagagem algumas magrelas. Em 1896, São Paulo ganhou o primeiro velódromo da América do Sul.

Restaurar, colecionar ou apenas possuir uma bicicleta antiga para rolês de finais de semana é o passatempo e o ganha-pão de muita gente séria e comprometida em preservar a memória e os costumes de uma época.

ESTILO E HISTÓRIA

Gazelle 1953No rastro dos programas de TV a cabo norte-americana como o Overhaulin’ do Discovery Channel, o programa Lata Velha, apresentado aos sábados na Rede Globo por Luciano Huck, é um reality show que acompanha a restauração completa do carro de algum telespectador.

Os programas do gênero ajudam a disseminar entre os mais jovens o amor pelas antigüidades, seja carro, moto ou bicicleta.

“Muita gente que gosta de carros antigos acaba migrando para as bicicletas, pois é mais fácil e não tem motor”, garante Marcelo Afornali, curitibano de 35 anos pós-graduado em História, apaixonado por tudo o que é antigo e com mais de 50 restaurações no currículo. “Sou um verdadeiro ímã de ferro-velho”, diverte-se.

O perfil dos aficionados por bicicletas antigas é bem diversificado. Até uns cinco anos atrás, pessoas da faixa dos 40 anos começaram a se interessar pelas marcas brasileiras – antes, o interesse era só pelas importadas e as nacionais chegaram a ser desprezadas por causa da baixa qualidade.

Muita gente que procura uma peça antiga busca uma bicicleta que marcou determinada época de sua vida. Outros procuram a antigüidade por influência de parentes próximos.

Schwinn PhantonA moda das antigas já gerou o surgimento de grupos e eventos. Em Curitiba, o próprio Afornali organizou duas edições de um rali para bikes antigas, em 2004 e 2005, que reuniu cerca de 30 participantes.

Em São Paulo, todo primeiro domingo do mês proprietários de antigas se reúnem na Estação da Luz para conversar e pedalar. “A bike restaurada deve ser curtida, afinal deu tanto trabalho ao colecionador”, afirma.

ESPECIALISTAS NO PASSADO

O paulistano Marcos José Perassollo, de 52 anos e desde 1984 envolvido com restaurações de bikes antigas, é considerado o maior especialista do Brasil no assunto e já restaurou mais de 150 bicicletas. Perassollo é um artista que divide seu tempo entre “mock-up” (réplicas fiéis de objetos usadas em propagandas) e restaurações.

Bianchi TopázioNo seu galpão no bairro do Butantã tem mais de 300 bicicletas. Dessas, 80 estão perfeitas e 30 têm “nível internacional de qualidade”. A jóia de sua coleção é uma Bone Shaker, aquelas bikes com rodas dianteiras gigantes do final do século XIX.

Outro destaque de seu acervo é uma italiana Fratelli Vianzone, todinha de madeira.

Afornali também tem um acervo considerável com 25 bikes. A mais antiga é uma bike alemã Wanderer, de 1929, em perfeitíssimo estado. Mas o curitibano se recusa a ser chamado de restaurador. “Sou apenas um especialista em marcas de bicicletas antigas”.

Ambos põem a mão na massa e só mandam fazer fora a pintura, cromação e, eventualmente, algumas peças. Tanto Perassollo quanto Afornali têm oficinas próprias e com ferramentas de época, em polegadas.

Eles recebem a bicicleta, a desmontam e avaliam as necessidades. A partir daí, correm atrás do necessário.

VianzoniAmbos são unânimes ao afirmar que a restauração, mais que um ofício, é uma paixão. “O dinheiro que ganho é para sustentar esse vício. Não é pela grana”, garante Perassollo.

Além das bicicletas, colecionadores têm também roupas, acessórios, componentes (muitas vezes na caixa), ferramentas, cartões postais, revistas, catálogos, capacetes e sapatilhas.

O sonho de ambos é o mesmo: abrir um museu. “Precisamos principalmente de apoio financeiro. Precisamos também de um prédio seguro”, diz Afornali.

Um colecionador de verdade gosta de pedalar sua antiga. “É um pecado deixar uma jóia dessa na garagem”, concordam.

O prazo para a restauração varia de modelo para modelo e de bike para bike. Perassollo restaura uma Phillips em 45 dias, já uma Bianchi demora mais - no mínimo uns 60 dias.

PEÇAS NOVAS E RARAS

Não existem escolas para se aprender a restaurar. Amantes das antigas aprendem com muita pesquisa e com outros colecionadores-restauradores.

Muitos donos de antigas põem a mão na massa e aprendem com os próprios erros e, na maioria das vezes, recuperam a bicicleta.

“Eu aprendi estragando bicicletas. Depois que abri o site, aprendi muito”, confessa Afornali, criador do www.bicicletasantigas.com.br em 2002 e hoje uma referência no mercado de antigas. Atualmente Afornali vive do site.

Conseguir peças é apenas um dos desafios de se restaurar uma relíquia. No Brasil, quase não se encontram peças e os colecionadores costumam criar uma rede de amigos aficionados que trocam informações entre si.

“Isso não envolve dinheiro e sim amizade”, conta Afornali, que rotineiramente usa os amigos colecionadores – espalhados pelo mundo todo – para conseguir o que precisa. Alguns sites estrangeiros, e também o site do próprio Afornali, têm seções de classificados de componentes antigos.

Hermes SportAlguns componentes ainda são fabricados. É o caso dos pneus aro 28”, que entram na de produção da Pirelli brasileira uma vez por ano. Os clássicos selins ingleses da marca Brooks ainda são feitos normalmente, agora pela italiana Selle Royal. Os câmbios embutidos no cubo traseiro da marca inglesa Sturmey Archer foram produzidos até meados da década de 90 e são encontrados com certa facilidade.

Às vezes a sorte bate na porta. Em 2005, um amigo procurou Afornali com uma Hermes 1951 0 KM. A bike estava esquecida em uma antiga bicicletaria de Santa Catarina. “Ela estava na caixa e embalada no papel original de fábrica”, lembra, orgulhoso. Hoje, a Hermes vale em torno dos US$ 4,5 mil.

Na busca por bikes e peças antigas, sempre vale uma garimpada nas pequenas bicicletarias de bairros e das pequenas cidades do interior. Muitas vezes, um componente ou uma bike inteira ficaram esquecidos num estoque à procura de um dono.

Dawes 1938Na cidade de Bauru (SP), por exemplo, havia uma loja que tinha muito estoque antigo. No ano 2000 o proprietário faleceu e Afornali arrematou mais de 50 faróis, todos na caixa. Mas a ignorância falou mais alto: comenta-se que seis toneladas de bicicletas antigas, algumas novas e sem uso, foram vendidas para serem derretidas. Um crime.

Algumas marcas ainda mantêm em produção modelos clássicos, como a Schwinn Black Phantom, lançada em 1955 e ainda no catálogo, e a Schwinn Stingray, em produção desde 1973.

VALOR HISTÓRICO

Monark BMX TanqueBicicletas antigas não seguem regras de preços como outras antigüidades, que se norteiam pelos catálogos internacionais. O valor de uma restauração segue o seguinte princípio: quanto mais inteira e bem conservada uma bike, menos se gasta. E quanto mais antiga e rara uma bicicleta - ou uma peça -, mais cara ela será.

Perassollo cobra pelo menos R$ 3 mil por uma restauração. Tudo depende da marca, modelo e principalmente do estado de conservação.

Afornali restaurou uma inglesa Rudge Whitworth 1949 verde que saiu por R$ 3.300 e levou um ano para ficar como nova. “Tem cara que manda importar um farol de R$ 1 mil. Mas há pessoas com limitação de verba que pedem para eu recuperar tudo. Depende de cada um”.

Depois de todinha restaurada a bike ganha outro valor. Uma francesa Gazelle 1953, de competição, é cotada em cerca de US$ 5 mil. Já uma rara norte-americana Bowden Spacelander chega a custar US$ 10 mil no mercado internacional de colecionadores (Veja quadro abaixo).

OS PROCESSOS

O principal objetivo de um restaurador é deixar a bicicleta como se tivesse saído da fábrica dias atrás. Tudo nela deve permanecer original e idêntico à bike da época, com os mesmos defeitos de fábrica, inclusive. Sim, o restaurador não tem o direito de corrigir falhas do projeto original da bicicleta. Alguns donos de bikes antigas, por mera falta de recursos financeiros, negligenciam esse objetivo e substituem peças por outras novas apenas para manter a bike rodando. É o que se chama de “reforma”.

Entenda a diferença dos processos:

Reforma: Processo pelo qual a bicicleta voltará a rodar. Adaptações e utilização de peças modernas são válidas e aceitas. A repintura pode ser feita com qualquer tipo de tinta em qualquer cor sem restrições.

Recuperação: Há um compromisso com a originalidade. A substituição de peças por tecnologias diferentes não é aceita. Se for necessária a substituição de um componente, o novo deve ser de preferência idêntico em tecnologia, forma e acabamento em relação ao original. A repintura deve, sempre que possível, conservar a cor original.

Restauração: É um processo difícil e demorado, pois só são aceitos componentes de época. Um simples cubo fabricado posteriormente, mesmo que idêntico em tecnologia, forma e acabamento, descaracteriza a restauração. A repintura deve obrigatoriamente utilizar a mesma cor original e o mesmo tipo de tinta que se usava no modelo original.


Passeio de bikes antigas, com Marcelo Afornali ao centro

MÃOS À OBRA

Para quem gosta da idéia de possuir uma antiga, mas anda meio sem grana para pagar um restaurador, a dica é conseguir uma antigüidade e dar um trato nela. Bikes antigas podem ser adquiridas por pouco dinheiro, depende da sorte. “Paguei R$ 100 nas minhas”, garante o paulistano Paulo de Tarso, dono de seis antigas: uma Bianchi, uma Norman, duas suecas, uma Caloi Sprint 10 e uma Caloi Eddy Merckx.

“Estava em Passa Quatro (MG) e vi um tiozinho com uma bicicleta. Ofereci R$ 100 pela bike e ele aceitou”. Outra forma de obter uma antiga é sondar amigos e parentes antigos e distantes (tio, avô, bisavô) ou freqüentar feiras, exposição e passeios de bikes antigas e pequenas lojas do interior.

O primeiro passo é identificar e datar a bicicleta, antes da desmontagem. Depois, tira-se muitas fotos para auxiliar na identificação da bike. Faça fotos bem próximas sempre que possível.

Muitas vezes, a marca está visível. Quando o fabricante ainda existe pode-se eventualmente contar com a ajuda do respectivo serviço de atendimento ao consumidor. As dificuldades começam, porém, quando não existem marcas ou ainda a marca identificada pertence a um fabricante que deixou de existir.

Outro componente importante que pode auxiliar na identificação, é o suporte de farol, uma chapa em “L” que muitos fabricantes moldavam com padrões específicos.

Procure anotar toda e qualquer inscrição que possa encontrar em qualquer parte da bicicleta. As mais comuns são:

1 - Número de série: A maioria dos fabricantes grava o número do quadro na parte inferior da caixa de centro (a parte do quadro onde é montado o eixo central dos pedais). A numeração é feita com punções de letras e números que, ao serem martelados contra a superfície metálica, marcam-na em baixo relevo.

Se sua bicicleta tiver um número desse tipo, cole sobre ele uma etiqueta auto-adesiva branca e esfregue grafite de lápis para ler o número. Daqui pra frente, toda a documentação que puder ser obtida, bem como as fotografias, devem ser guardados em uma pasta.

2 - Marcas em peças: Observe atentamente os cubos, pedais, pedivelas, coroas, alavancas de freios, guidão, âncoras de freios, aros etc.

Cubos Sturmey costumam ter inscrições em baixo-relevo, decalque-as e anote o número de série.

3 - Brasões: Muitos fabricantes no passado, além do letreiro com o marca pintado ou adesivado, utilizavam ainda um brasão rebitado na parte frontal da caixa de direção. Alguns brasões eram pintados sobre a chapa, outros eram em relevo. Se forem do segundo tipo, também podem e devem ser decalcados.

Com toda a documentação em mãos, pode-se iniciar o processo de identificação e datação. O primeiro passo é procurar dados do fabricante no Google. Outra fonte importante de informações sobre bicicletas antigas ainda é a memória popular. Não tenha receio de perguntar para pessoas mais velhas e não confie na sua memória. Tudo que ouvir, anote e coloque na pasta.

Na primeira etapa, todas as informações são importantes. Visite bicicletarias antigas e tradicionais. Torne-se amigo dos proprietários e diga a eles qual é a marca da bicicleta que você está restaurando. Mostre as fotos, pois muitas vezes a foto vai trazer memórias à tona e você só tem a lucrar com as informações obtidas.

Deixe seu nome e telefone nessas bicicletarias, pois, muitas vezes, após algum tempo você é surpreendido com um telefonema de algum bicicleteiro que ao fazer uma faxina na bicicletaria encontrou peças que você pode precisar.

ÚLTIMA DICA: Se comprar uma bicicleta de alguém desconhecido, dê preferência a uma bicicleta bem conservada, que tem como inconveniente o preço.

Controle a emoção se você encontrar uma bicicleta que procurava há muito tempo e “não dê bandeira”. Um vendedor mal intencionado, ao perceber sua emoção, pode resolver aumentar o preço.

A partir daí é começar a restauração propriamente dita, com a desmontagem. O ideal é trabalhar num lugar amplo e bem iluminado e de preferência com um piso de cor clara. Comece a desmontagem pelas rodas, pedais, selim, guidão, caixarias (direção e movimento central), depois freios e por último as rodas.

O ideal é ter o ferramental completo, inclusive com chaves em polegadas.

Colaborou Eduardo L. P. Jr

AS CLÁSSICAS

Algumas marcas e modelos de bicicletas se tornaram verdadeiros clássicos de época. Muitas vezes o sucesso é resultado de uma campanha de lançamento bem-sucedido, outras vezes é puramente o design que cultiva legiões de fãs. É o caso da norte-americana Bowden Spacelander, de design totalmente inovador. Essa jóia rara da década de 60 chega a valer US$ 10 mil.

MARCAS MAIS APRECIADAS POR COLECIONADORES

InglaterraHercules, Raleigh, Humber, Rudge e Phillips
SuéciaHusqvarna, Svalan, Kroon, além das Hermes, Prosdócimo e Veja, que eram fabricadas pela Nyman
AlemãsWanderer, NSU, Adler, Dürkopp, Mielle e Göreck, essa última mais popular
ItalianasLegnano e Bianchi (qdo não está quebrada está na oficina

Francesas

Peugeot (lazer e competição), Automoto, Gazelle
Norte-AmericanasSchwinn e Columbia

BIKES QUE MARCARAM ÉPOCA NO BRASIL

A Caloi e a Monark disputaram por décadas o mercado brasileiro palmo a palmo. Alguns modelos que marcaram época:

CALOI
Caloi Berlineta – Final da década de 60 até meados de 80
Caloi Fiorentina – Década de 50
Caloi 10 – Lançada no Brasil em 1972 e inspirada na Bianchi San Remo, foi a primeira bicicleta com marchas que conquistou o mercado nacional. A versão Concorde é um upgrade fruto do sucesso de vendas. Teve também as versões Sprint e Sportissima.
MONARK
Crescent – de 5 e 10 marchas – Década de 70
Monareta – concorrente da Berlineta – Final de década de 60 até final da de 80
Monark Tigrão – lançada em 1971 – Teve criança que teve que fazer terapia por causa dela, inspirada na Schwinn Stingray
Monark Tanquinho – De 1978 a 1983 teve variações de modelo durante o período, nas versões Super (sem suspensão) e Turbo, com suspensão
BMX Pantera – Saiu em 1982, freio a tambor
PEUGEOT
A marca francesa chegou a ter bicicletas made in Brazil num passado não muito distante. Os quadros eram feitos sob licença em Minas Gerais e a bike era montada em Manaus. O modelo Prestige 10 fez sucesso. Deixou de ser fabricada em 1981.

CONTATOS

Pintura – Josué dos Santos - (41) 364.0292
Torneiro e têmperas - José Catarina - (41) 3367.5419
Restauração de selins - Ernesto Friesen – (41) 3369.1397
Cromagem - Irineu – (41) 3354.2853
Funileiro - Tadeu Rutickevicz (41) 3297.4162
Restaurador- Marcos Perassollo – (11) 3721.4220
Restaurador - Marcelo Afornali – (41) 3364.8703

PARA SABER MAIS

www.bicicletasantigas.com.br – O site do curitibano Marcelo Afornali é referência nacional no tema e dá um show de conteúdo e de navegação. Tem galeria de fotos com componentes novos e usados. A loja virtual tem de tudo um pouco e já vendeu até para o Acre. Tem internautas cadastrados no mundo todo que recebem notícias semanais.
www.museudabicicleta.com.br – O museu que funciona na antiga estação ferroviária de Joinville tem um acervo de 16 mil peças e vale a pena uma visita, mas o site carece de fotos e de informações e deixa a desejar.

www.oldroads.com – Site norte-americano com muita informação. Tem centenas de diagramas de montagem de componentes, galeria de fotos e fóruns de discussões. Em inglês.

www.classicrendezvous.com - Bem organizado, o site norte-americano traz informações separadas por nacionalidade e marcas e oferece fotos que ajudam os colecionadores na identificação e datação. Tem também uma lista de bike shops no exterior que comercializam bikes e componentes antigos. Em inglês.
www.bikecult.com - Site nova-iorquino com belas fotos de antigas e muita informação sobre bicicletas e componentes antigos, alguns estão à venda. O site oferece uma seção de classificados e no link das coroas (“chainrings”) tem imagens valiosíssimas que podem auxiliar bastante na identificação de bicicletas antigas. Em inglês.
www.sheldonbrown.com – Considerado uma bíblia da bicicleta, o site é um dos mais populares sobre ciclismo na net. Não é específico sobre bicicletas antigas, mas o mago Sheldon Brown dá dicas valiosas sobre restauração, principalmente dos cubos de marchas Sturmey-Archer. Vale a pena conhecer. Em inglês.
www.starerowery.prv.pl – Site polonês sobre as marcas polonesas do tempo da guerra. Uma seção é inteiramente a bicicletas usados no exército no tempo da II Guerra Mundial. Em polonês e inglês.
www.cykelhistoriska.se - Site do clube sueco de bicicletas históricas, fundado em 1997 e com 300 membros. Tem muitas fotos de componentes e uma seção de classificados. Em inglês, alemão e sueco.
www.rijwiel.net/index_2e.htm - Traz a história das bicicletas holandesas por marcas e dá dicas de restauro (em alemão). Vale a pena uma visita na galeria de fotos, que traz imagens antigas de pessoas comuns com suas bicicletas no início do século XX. Em holandês, alemão e inglês.
www.schwinnbike.com/heritage – A Schwinn fabrica bicicletas nos EUA desde 1895. O site da marca tem seções especialmente dedicadas aos colecionadores e amantes das antigas com fóruns e seção de classificados só das clássicas. Em inglês.

FONTE:
"BIKEMAGAZINE"

21 de fev. de 2010

12º MTB OPEN DE VERÃO - 2010 - XCM - IRATI - RESULTADOS, FOTOS E ENTREVISTA COM MÁRCIO "PIRU" RAZERA





Pessoal, infelizmente nosso fotógrafo Alex Trinks sofreu um pequeno acidente quando começava a cobrir o evento, vindo inclusive a quebrar o braço! portanto estaremos postando as fotos que ele pode tirar ao início da prova e outro álbum feito por mim com fotos tiradas antes e depois da prova, pois quatro componentes do jacusDe2rOdas que estavam lá estavam competindo também. quem se interessar em divulgar fotos e/ou vídeos, entre em contato conosco pelo e-mail jacusdeduasrodas@yahoo.com.br que postaremos o seu material com os devidos créditos.
Celso Ribas.


RESULTADOS

FOTOS
OFERECIMENTO, PNB STÚDIO FOTOGRÁFICO



CLIQUE NAS IMAGENS PARA ABRIR OS ÁLBUNS E FAZER DOWNLOADS DAS FOTOS E EM "SLIDESHOW" PARA APRESENTAÇÃO DOS ÁLBUNS!


ALEX TRINKS


----------------------- "SLIDESHOW"

CELSO RIBAS

------------------------ "SLIDESHOW"

19 de fev. de 2010

2ª ETAPA METROPOLITANO MTB 2010 - TAÇA ECOTRILHA - XCM - (MORRETES)



DATA


28/02/2010


Acontece na cidade de Morretes no dia 28 próximo a 2ª etapa do Campeonato Metropolitano de MTB, uma das mais belas provas que o Campeonato metropolitano já passou em 6 anos de edição, prova com muitas retas, poucas subidas, belas paisagens e travessias de rios.


Maiores informações em http://www.probikeadventure.com.br/

1ª ETAPA CAMPEONATO REGIONAL OESTE - XCO - FOZ DO IGUAÇU




Inicia no próximo dia 21, o Campeonato Regional Oeste de Montain Bike, competição que terá outras quatro etapas e promete movimentar as cidades de Cascavel, Guairá, Toledo e Nova Aurora. Participem!

DATA

21/02/2010

Local:

Foz do Iguaçu

Programação:

Prova de Cross Country de 3.500mts

Av. Araucária , Vila A, Trilha do Vietinã

Concentração a partir das 08h



Números de voltas:

Elite – 6 Voltas

Sub-trinta – 5 Voltas

Juvenil – 4 Voltas

Infanto Juvenil – 2 Voltas

Infantil – 1 Volta

Máster “A” – 4 Voltas

Máster “B” – 4 Voltas

Feminino – 4 Voltas



Categorias idade:

Elite – Livre

Sub-30 – acima de 18 anos s/ experiência para Elite

Juvenil – 1993, 1994 e 1995

Infanto Juvenil –1996, 1997 e 1998

Infantil –1999, 2000, 2001 e 2002

Máster “A” – nasc. De 1971 À 1980

Máster “B” – nasc. Até 1970

Feminino – Livre



Inscrições:

Local:

R$20,00 no local do evento.


Premiação:

Troféus do 1º ao 3º lugares e medalhas para 4º e 5º lugares.

Organização:

Cube Toledense de Ciclismo

Informações:

Pelo fone (45) 9979-8297 com Clodoaldo.

Pelo fone (45)9925-7392 com Altair.

Site http://www.ciclismotoledo.com.br/ ou ainda pelo e-mail ciclismotoledo@hotmail.com

COPA NINJA DE MTB 2022 - 1ª ETAPA (INFO)

  VAI COMEÇAR A COPA NINJA DE MTB 2022, NÃO FIQUE FORA DESSA, ÚLTIMA SEMANA PARA SE INSCREVER,  ACESSE: COPA NINJA  2022 1ª ETAPA FOTOGRAFIA...